Em partida válida pela Copa do Nordeste, Atlético de Alagoinhas e Bahia fizeram um jogo feio e truncado no estádio Antônio Carneiro. Mesmo saindo na frente e tendo um homem a mais por maior parte do tempo, o tricolor não conseguiu vencer, e fazendo uma apresentação bisonha, permitiu a virada do time do interior 2X1.
Tudo começou com uma escalação maluca e inexplicável do treinador Guto Ferreira, optando por quatro atacantes e nenhum meia armador, ou mesmo homem de ligação no meio campo.
O técnico também preferiu deixar no banco, jogadores como Daniel e Rodalega, o que ninguém entendeu.
Quando o jogo começou, o que se viu, foi um Atlético melhor postado em campo, envolvendo o Bahia no toque de bola, mostrando entrosamento. Do outro lado, um Bahia desarrumado, sem conexão, tentando o lançamento longo para chegar na área do adversário. Mesmo com o Atlético melhor em campo, foi o Bahia que abriu o placar, aos 16 minutos, um lançamento longo, um toque sutil de cabeça de Marcelo Cirino, deixou Raí de cara com o goleiro do Atlético e, num toque de categoria, abriu o placar.
O time de Alagoinhas continuou melhor, e aos 36 minutos aconteceu o lance que poderia ter mudado o destino da partida, num ataque do Bahia pela direita, junto à bandeirinha de escanteio, o zagueiro Inácio do tricolor, dá uma entrada dura no jogador do Atlético, que cai sobre o corpo do adversário, atingindo de forma involuntária o seu rosto, cartão vermelho injusto. Mesmo com o placar adverso, e um jogador a menos, o Carcará foi pra cima, e conseguiu o empate aos 46 minutos numa cobrança de falta ensaiada, com o zagueiro Iran aproveitando o rebote.
No segundo tempo, logo aos 4 minutos, o lateral Matheus Bahia deu uma entrada dura no meia do Atlético e também levou vermelho direto, dessa vez, de forma justa. O jogo ainda teve várias chances de gol dos dois lados, mas só aos 47, já nos acréscimos, o Atlético de Alagoinhas conseguiu o gol da vitória, através de Dionísio, que penetrou pelo meio da defesa do Bahia, e tocou tirando do goleiro, golaço.
O treinador Guto Ferreira tentou botar a culpa no gramado, explicar o inexplicável, mas levou a culpa pela derrota e a bronca da torcida.