AfroBiz promove encontro com empreendedoras no Centro Histórico

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Fotos: Bruno Concha/Secom

As oportunidades proporcionadas pela plafatorma AfroBiz foram apresentadas a mulheres negras e empreendedoras de Salvador, em encontro ocorrido nesta sexta-feira (11), na sede do Instituto A Mulherada, no Centro. A ferramenta foi criada em julho do ano passado pela Prefeitura, no sentido de potencializar, fomentar e divulgar o comércio e turismo étnico da cidade.

A assessora especial da Secult, Monica Kalile, afirmou que essa é uma grande oportunidade de fomentar e impulsionar os negócios já existentes dos afroempreendedores soteropolitanos, e as mulheres são uma grande referência. “É muito importante que as novas tecnologias possam ampliar cada vez mais os negócios dessas trabalhadoras. A plataforma visa dinamizar, empoderar e trazer informações novas e, assim, teremos a curto, médio e longo prazo pessoas mais engajadas no mercado de trabalho. Salvador está dando um exemplo, dando essa oportunidade para que os empreendedores possam ir além”.

Fotos: Bruno Concha/Secom

Para Elma Pelô, assistente social do Instituto, o desafio de fomentar empreendedores é bastante grande, e apresentar a plataforma neste momento de enfrentamento da pandemia é bastante importante. “Nos reunirmos com essas mulheres e poder dizer como elas podem ofertar o serviço delas é fundamental”, pontuou.

Aos 71 anos, a funcionária pública Marinalva Nascimento viu na confecção de bonecos uma oportunidade de empreender. Ela costumava vender os produtos para as amigas no trabalho e, com a pandemia, as vendas diminuíram. “Minha filha me falou do AfroBiz e fiz questão de vir. Aqui estou tendo contato com empreendedores, criando uma expectativa de conhecimento e inovação, recebendo conteúdo para incrementar as vendas. A gente tem que buscar ferramentas para conseguir nossos objetivos. A partir do momento que fazemos trocas, os conhecimentos se expandem e, assim, conseguimos ir além”.

Durante o encontro, os participantes assistiram a uma palestra sobre empreendedorismo com Geise Oliveira, do Instituto Íris. “Também falamos sobre o empreendedorismo feminino e a participação econômica dessas mulheres em casa, já que a maioria é chefe de família. O poder público criou alternativas de viabilização dos negócios e a maioria das cadastradas são mulheres que estão começando a formar uma cadeia produtiva, e aparecer mais economicamente em sociedade”.

Geise conta que tem recebido relatos de mulheres que realizam vendas através da plataforma. São mulheres que nem sempre conseguem criar um site ou rede social, e que hoje usam o AfroBiz como ferramenta positiva de divulgação.

Funcionamento – O AfroBiz Salvador é uma iniciativa que faz parte das ações da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), por meio do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo em Salvador (Prodetur), com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Os interessados podem fazer o cadastro no site www. afrobizsalvador. com. br .

São aptos a participar da ação afroempreendedores residentes de Salvador que trabalham como baianas, turbanteiras, trançadeiras, capoeiristas, artistas, designers e artesãos, griôs, em blocos afro e afoxés, terreiros, feirantes e ambulantes, produtores culturais, guias de turismo e em meios de hospedagem e agências, dentre todos os outros atores que fortalecem o Turismo Étnico-Afro da capital.