Policiais civis, penais, militares, delegados, especialistas em Direito Criminal, e representantes de órgãos públicos realizarão, na próxima segunda-feira (29), às 19h, evento para discutir o atual quadro de violência no Estado. Na ocasião, além da análise sobre o contexto de “insegurança pública” que aflige todos os dias a sociedade baiana, a atividade visa apontar “As Dificuldades e os Desafios para Construção de uma Segurança Pública Preventiva e Cidadã “, no auditório da Torre América, Condomínio Salvador Shopping Business, ao lado do Shopping Salvador.
Segundo pesquisa do Monitor da Violência do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada na última quinta-feira(25), a Bahia foi o Estado mais violento do Brasil no primeiro semestre de 2022. Apesar de ter apresentado diminuição de 11,5%, quando comparado ao mesmo período de 2021, os dados divulgados pela pesquisa apontam 2.557 mortes violentas (homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte) contabilizadas na Bahia, de janeiro a junho de 2022. Destas, 2.557 foram enquadradas como homicídio doloso, 43 como latrocínio e 30 como lesão corporal seguida de morte.
A mesa do evento será composta pelo ex- Ministro Eduardo Cardoso, pelo vice-reitor da UFBA, Penildon Silva Filho, pela presidenta da Comissão de Direitos das Mulheres da OAB BA, Renata Deiró, pelo advogado e especialista em Ciências Criminais, Vivaldo Amaral, pelo policial civil, Bacharel em Direito e Mestre em Geografia, Roberto José, além de Jeane dos Anjos, da coordenação da Escola de Formação Política Luiza Mahin , Gutierres Barbosa, vice-presidente do PT-BA, e o investigador da policial civil e candidato ao Governo da Bahia pela federação PSOL-REDE, Kleber Rosa. A atividade conta com os apoios das empresas 3 Grau Formaturas e Eventos”, Newton Engenharia, Sampaio e Costa Advogados Associados.
A analista criminal e investigadora da Polícia Civil, há 25 anos, Carla Sandra Vieira, lotada na 2° Coorpin do município de Catu, ressalta que não se faz Segurança Pública apenas através do uso da força policial, é necessário o Estado investir em políticas públicas nas áreas consideradas como prioritárias: educação, saúde, cultura, lazer e geração de emprego e renda. “Precisamos construir uma segurança pública a partir de um novo olhar, a partir de uma perspectiva humanizada e que envolva toda a sociedade. Precisamos construir uma segurança pública de qualidade, que proteja sem tirar vidas”, pontua a bacharel em Direito, que também integra o grupo dos Policiais Antifascismo.
