ACM Neto pretende fazer trabalho integrado para colocar na prisão líderes de facções criminosas: “Não adianta focar no cara que está na ponta”

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O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) afirmou nesta terça-feira (6) que, se for eleito, fará um trabalho integrado com instituições relacionadas à segurança pública para levar para a cadeia os líderes de facções criminosas, tendo como base um mapa do crime organizado na Bahia. Em sabatina na rádio Metrópole, reafirmou também que pretende redesenhar o Planserv, a fim de recuperar a força do plano de saúde dos servidores, e que se compromete a revolucionar a educação do estado, tendo como exemplo o trabalho bem-sucedido realizado na área em Salvador.

Neto disse que, na segurança pública, realizará um trabalho focado em combater os líderes das facções criminosas. “Não adianta focar no cara que está na ponta, tem que buscar o chefe do tráfico e colocá-lo na cadeia. Então, será fundamental um trabalho integrado com Ministério Público, Defensoria e Poder Judiciário. Eu pretendo montar uma mesa conjunta, onde vamos ter um mapa do crime organizado. Vamos entender onde estão os principais problemas para dividir responsabilidades sob a coordenação do governador. Porque, muitas vezes, a polícia prende e a Justiça solta”, afirmou.

Ele também reapresentou a proposta de endurecer o regime nos presídios existentes na Bahia, inclusive construindo novas unidades de segurança máxima. A ideia é ampliar o isolamento do bandido custodiado, combatendo regalias como celulares, a fim de evitar que as ordens para os delitos venham dos chefes do crime organizado que estejam na prisão.

Em relação à saúde, ACM Neto destacou que, após 16 anos de governos do PT, o Planserv perdeu 34% do seu volume de serviços ofertados. “Isso é dramaticamente sentido no interior do estado, porque existem verdadeiros buracos assistenciais. Lugares onde o servidor público precisa ir a uma clínica, a um laboratório, a um hospital e não encontra nenhuma unidade efetivamente credenciada junto ao Planserv para atendê-lo”, disse.

O ex-prefeito de Salvador salientou que, se for eleito, vai redesenhar o Planserv. “Nós vamos ter um controle maior sobre a avaliação da qualidade dos prestadores de serviço, ou seja, de clínicas, laboratórios e hospitais. Nós vamos ainda ampliar o número de serviços disponíveis, olhando principalmente para as regiões onde existem esses buracos de prestação de serviço”, completou.

Sobre educação pública, o candidato do União Brasil reafirmou que quer deixar como maior legado da sua gestão uma revolução na área, tirando, sobretudo, a Bahia da última posição em qualidade de ensino, de acordo com o IDEB. Como exemplo, ele lembrou o trabalho bem-sucedido realizado na Prefeitura de Salvador com a educação infantil.

“Os números estão aí e não me deixam mentir. Depois de oito anos de minha gestão, nós multiplicamos por três o número de vagas em creches na capital baiana. No caso das crianças de quatro e cinco anos de idade, nós universalizamos o acesso à pré-escola. Hoje, 99% dos alunos dessa idade em Salvador contam com acesso à pré-escola”, disse.

Ele lembrou ainda que, sob sua gestão, Salvador foi uma das cidades que mais avançou na nota do IDEB no país, superando 10 capitais. “E aí está uma grande diferença minha para os meus adversários: eles aceitam que a Bahia ocupe o pior lugar em tudo, que tenha a pior nota do IDEB no Brasil. Eu não aceito isso, e a minha prova é o trabalho realizado à frente da Prefeitura de Salvador”, completou.