Contação de histórias, intervenção literária e roda de conversa movimentam a Flica nesta sexta-feira

0
22

Uma estante de livros ao ar livre, com títulos para todos os gostos, e contação de histórias para crianças. Essas são duas das várias ideias que promovem o incentivo à leitura apresentadas pela Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada a Secult-BA, nesta sexta-feira (4), na Praça Ubaldino Assis, durante a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). No Espaço Educar para Transformar, instalado na Fundação Hansen Bahia, o projeto Biblioteca de Extensão (Bibex), da FPC, também leva para a programação da festa apresentações musicais e teatrais e encontros com escritores até domingo (6).

Para a diretora do Sistema Estadual de Bibliotecas da FPC, Thamires Conceição, a mediação de leitura de forma lúdica e em espaços públicos transforma o olhar do aluno, de forma crítica, dando a oportunidade de ampliar sua perspectiva de mundo.

“O intuito da gente através dessas bibliotecas é tentar transformar esses cidadãos em construção, que é o infanto-juvenil, através dessa mediação lúdica, trazendo música, contação de histórias, teatro, para desenvolver assuntos relevantes, no crescimento e desenvolvimento dessas crianças”, frisa.

A praça foi ainda espaço para intervenções do projeto Leia e Passe Adiante, da FPC, com um Quiz Literário de perguntas sobre autores e poemas conhecidos. As pessoas que acertaram escolheram um livro de sua preferência.

Educar para incluir

Aliada à literatura, a educação transforma realidades. No espaço Educar para Transformar, do Governo do Estado, a Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi) foi responsável por uma atividade que expôs programas de inclusão através de ações afirmativas em escolas e universidades públicas. A coordenadora executiva de Promoção da Igualdade Racial, Lucy Góes, explicou em sua palestra, como o incentivo à formação básica e acadêmica através da lei de cotas mudou a realidade da população brasileira e ajudou no enfrentamento ao racismo nos últimos 10 anos.

“A Lei de Cotas revolucionou as universidades, quando diversas pessoas que ao longo da história eram segregadas tiveram acesso ao ambiente acadêmico e, com isso, modificam o ambiente educacional trazendo outros conhecimentos saberes, valores e crenças. Isso mudou a realidade não apenas das universidades, mas também o contexto político, econômico e social. Aqui mesmo na Flica, estão sendo lançados livros de vários autores negros que foram incentivados a escrever sobre cultura, literatura e realidades negras. Essas pessoas já são o resultado da política de cotas no Brasil”, sintetiza Lucy.