Salvador Capital Afro: PCRI destaca conquistas e importância de uma cidade antirracista

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A Secretaria Municipal da Reparação (Semur) promoveu, na manhã da sexta-feira (2), o encontro de final de ano com membros do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), promovido pelo órgão em demais secretarias da administração municipal de Salvador. O evento, que em 2022 faz parte da programação do Salvador Capital Afro, foi acompanhado pela vice-prefeita, Ana Paula Matos, e contou com palestras da secretária Ivete Sacramento, além da promotora do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz, e da assessora sênior da Divisão de Gênero e Diversidade do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Judith Morrison.

Com o tema “Salvador Antirracista – PCRI como instrumento da transversalização de políticas públicas de combate ao racismo e promoção da equidade racial”, o evento teve ainda uma apresentação musical e de dança, promovido por alunos da Escola Municipal do Calafate, que trouxeram uma coreografia especial da música ‘Yayá Massamba (Vou aprender a ler para ensinar meus camaradas) e de Alan Santos, ex-aluno e hoje professor da Fundação Cidade Mãe (FCM).

A vice-prefeita afirmou que Salvador tem trabalhado para ser uma cidade antirracista. “Isso começa em casa e, por isso, o PCRI é tão importante. Se hoje podemos falar de políticas de promoção da equidade racial, tivemos que nos enxergar para desconstruir o racismo e desigualdade social. No entanto, nada disso é suficiente se temos uma sociedade que adoece pela falta de políticas públicas. E esta semana está sendo bastante especial, onde mostramos ao mundo o orgulho que temos de ser uma cidade que reconhece a sua ancestralidade e potencialidade, uma cidade de um povo preto que tem orgulho de sua cultura”.

Antirracismo – A secretária da Reparação, Ivete Sacramento, falou sobre a atuação da gestão no âmbito das políticas de combate ao racismo em Salvador. “Todos os servidores fazem do Programa de Racismo Institucional um programa sério que, desde 2013, vem conseguindo desenvolver uma metodologia de enfrentamento ao racismo institucional. Queremos ter uma cidade antirracista e isso se reflete em 365 dias no ano. Todos têm a consciência, o discurso, e isso é um orgulho, uma felicidade tamanha, saber que nós estamos preparados e aptos”.

A coordenadora do PCRI, Oilda Rejane, destacou a importância das políticas públicas e do PCRI na gestão municipal. “A gente quer falar da importância das políticas públicas da Prefeitura na transformação das vidas das pessoas. Esse é o tema do nosso encontro, transformando Salvador em uma cidade antirracista, trazendo a materialização do PCRI, que também atua de forma aguerrida para que consigamos operacionalizar o que já está escrito. É a materialização do trabalho de cada um de nós, de cada servidor, que vai contribuir para fazer uma cidade cada vez melhor para todas as pessoas”.

Convidada do evento, a promotora Lívia Vaz lembrou que um momento como este é de celebrar, comemorando as conquistas do povo negro. “Falar sobre o racismo no Brasil é falar de algo que está entranhado ainda. A gente tem que entender a gravidade do racismo, que pode determinar a vida da pessoa, do nascimento até a morte”.

Já a representante do BID abordou o tema ‘Ações afirmativas no âmbito das articulações internacionais com Experiência no Prodetur Salvador’, e afirmou que o evento marca uma diferença importante de reconhecer o trabalho que as pessoas estão fazendo sobre questões raciais, a exemplo do PCRI. “Para mim, foi muito emocionante porque tem reconhecimento de pessoas de todos os níveis e todas as partes do governo, que estão sendo capacitadas, então isso valoriza o trabalho e cria uma integralidade do trabalho na Prefeitura, que está virando Salvador Capital Afro. É fantástico”.