Janeiro Verde: a importância do diagnóstico por imagem do câncer de colo de útero

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O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. 70% dos casos da doença são causados pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano, o HPV, explica o radiologista da Clínica de Saúde e Imagem (CSI) e membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) João Rafael Carneiro.

“A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. No entanto, se não for diagnosticada precocemente, podem ocorrer alterações celulares e evoluir para o câncer, por isso a importância dos exames preventivos e de rotina. Quando tratamos essas alterações pré-cancerígenas, que estão no estágio inicial, há chance de cura em 90% dos casos”, avalia.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença vai atingir mais de 17 mil mulheres por ano no Brasil, entre 2023 e 2025. Apesar da elevada prevalência e mortalidade, o câncer de colo de útero pode ser prevenido com o uso de preservativos durante as relações sexuais, diminuindo o risco de contágio do HPV; através da vacina contra o HPV e com o rastreamento.

“O exame de rastreio para o câncer de colo de útero é o preventivo, também conhecido como Papanicolau, ainda não existindo exame de imagem que tenha finalidade de rastreio para o diagnóstico precoce da doença. Os exames de imagem, como ultrassom e ressonância, têm um papel complementar após o diagnóstico para avaliação da extensão da lesão e ajudar na programação terapêutica”, afirma João Rafael Carneiro.

Além do colo do útero, o HPV pode provocar tumores na vagina, vulva, ânus, pênis, boca e garganta. Na maioria das vezes, o câncer de colo de útero só manifesta sintomas em um estágio mais avançado da doença, quando as chances de cura são menores. Os principais são sangramento vaginal intermitente, corrimento vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.