Aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) têm feito lançamentos diários de cargas, os chamados ressuprimentos aéreos, para enviar mantimentos às aldeias indígenas Yanomami, no oeste de Roraima. Até o momento, a bordo dos aviões KC-390 e do C-105 Amazonas, foram realizadas as entregas de aproximadamente 120 mil lotes de cargas entre cestas básicas e medicamentos, que têm atendido às comunidades indígenas, incluindo a Casa de Assistência ao Indígena de Surucucu, onde fica um pelotão de fronteira do Exército Brasileiro. A região é uma das mais atingidas pelos efeitos do garimpo ilegal, que tem agravado o adoecimento de indígenas, além do aumento da violência.
Segundo a FAB, os suprimentos são lançados de aproximadamente 200 metros de altura e chegam ao 4º Pelotão de Fronteira (4º PEF – Surucucu), com a ajuda de paraquedas instalados nos CDS, sigla do inglês para Container Delivery System, contendo os lotes de cestas básicas e medicamentos. Ao todo, o voo dura cerca de duas horas, entre a decolagem e o pouso na Base Aérea de Boa Vista.
A montagem e preparação dos mantimentos são feitas em conjunto pela FAB e o Exército Brasileiro, por meio do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimento Pelo Ar (DOMPSA). São eles que executam todo o trabalho de instalação de paraquedas, que suporta até 227 quilos, bem como o recolhimento do material em solo.
Desde ontem, a FAB ativou a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) sobre o espaço aéreo da TI Yanomami, em Roraima, com base no decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para atender a esta missão, foram criadas três áreas de controle do espaço aéreo na localidade.