Secretaria da Saúde registra redução de 27% nas ocorrências durante o Carnaval

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Tranquilidade, paz e muita alegria. Esse foi o clima que marcou o maior Carnaval de todos os tempos de Salvador, e os indicadores registrados nos atendimentos na área da saúde atestaram esse ambiente vivido na folia em 2023. Entre às 18h da quinta-feira (16) até as 5h desta Quarta-feira de Cinzas (22), os Módulos Assistenciais à Saúde montados pela Prefeitura de Salvador nos circuitos oficiais contabilizaram 4.149 ocorrências. O quantitativo é 27% menor em relação ao mesmo período de 2020, quando foram contabilizadas 5.653 ocorrências.

“Nós estamos falando da maior festa de rua do planeta. Felizmente, as pessoas nos ouviram e redobraram o cuidado para aproveitar a folia tranquilamente. Foi lindo poder presenciar um evento dessa magnitude com o clima da paz nos circuitos, e isso se refletiu em importante redução nos atendimentos graves nos nossos módulos assistenciais”, comemorou Ana Paula Matos, vice-prefeita e titular da Saúde de Salvador.

O grande destaque da festa se deu pela diminuição contundente dos casos de violência. Quando comparado com 2020, houve uma redução de 49% dos atendimentos por agressão física. Esses dados impactaram também no decréscimo de 46% nas intervenções bucomaxilofaciais e de 10% na realização dos procedimentos cirúrgicos. Outro dado que chamou atenção foi a queda dos episódios de intoxicação alcóolica. Esse ano, foram contabilizadas 345 ocorrências por alcoolemia, um decréscimo de 38% quando comparado com o carnaval anterior.

“Muitos fatores contribuíram para vivermos o maior e mais tranquilo carnaval de toda a história. O investimento feito para o fortalecimento do circuito Campo Grande com a contratação de grandes artistas desfilando sem cordas permitiu que o folião tivesse mais espaço para brincar nas ruas. Fizemos também todo um trabalho de bastidor com as Vigilâncias para impedir a venda de bebidas artesanais/clandestinas, bem como o fornecimento de alimentos e água improprias para o consumo humano. Destaco também a atuação da SEMOP para inibir a entrada de armas brancas nos circuitos, o que refletiu na diminuição dos atendimentos nos postos de saúde. Foi a força do trabalho conjunto que nos permitiu viver uma festa marcada com indicadores muito positivos”, destacou Ana Paula Matos.

Eficiência dos serviços – Dos 4.149 pacientes acolhidos nos seis dias de festa, apenas 174 necessitaram de transferência para rede hospitalar de retaguarda para realização continuidade do atendimento. O dado corresponde a 4% do total de admissões e confirma a alta resolutividade da estrutura e equipes dos módulos assistenciais dos circuitos.

“Esse é um dado expressivo que também deve ser comemorado. Foram 5.300 plantões, 1.500 profissionais envolvidos na operação da saúde, mais de 140 horas de atendimentos ininterruptos nos circuitos, com extrema eficiência. Foram milhares de atendimentos e conseguir resolver 96% das demandas dentro da própria festa foi fundamental para os próprios pacientes, bem como para evitar ‘sufocamento’ da rede fixa que seguiu com as demandas de rotina. Estou muito feliz de ter estreado como secretária de Saúde já com esse desafio imenso de coordenar o carnaval numa área tão importante. Nossas equipes estão de parabéns”, afirmou Ana Paula.

Atendimentos nas ilhas – Este ano, a Secretaria Municipal da Saúde montou de forma pioneira postos de saúde para atender a população das ilhas da capital durante a folia. Durante os dias de festa, as três unidades registraram 182 acolhimentos. Foram 181 ocorrências de natureza clínica e um procedimento cirúrgicos. Todos os atendimentos foram considerados leves. As unidades das ilhas contaram com o apoio de duas ambulanchas do SAMU para remoção dos pacientes que necessitarem de transferência para rede hospitalar.

Outros indicadores – O circuito Dodô (Barra/Ondina) realizou 2.937 atendimentos, já o Osmar (Campo Grande) foi responsável por 1.024 atendimentos, enquanto que o Batatinha (Pelourinho) realizou 150 acolhimentos e o Mestre Bimba (Nordeste de Amaralina), 38 admissões.

Os atendimentos de natureza clínica – intoxicação alcóolica, tontura, náuseas, dor de cabeça – foram a principal causa das admissões nos postos com 3.321 casos, número que representa 80% do total de ocorrências. Também foram registrados 271 traumas ortopédicos, 262 intervenções bucomaxilofaciais, 181 acolhimentos de enfermagem e 114 procedimentos cirúrgicos.