Sesc realiza oficina de absorventes ecológicos para mulheres na Casa das Pérolas

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Na manhã deste sábado (04), a partir das 9h, uma comitiva do Sistema Fecomércio-BA realiza uma ação na Casa das Pérolas, em Fazenda Coutos, voltada às mulheres da comunidade, atendidas pela ONG. Uma equipe do Sesc vai ensiná-las a fabricar absorventes ecológicos, o que pode ser uma alternativa para geração de renda. Para tanto, um instrutor do Senac também estará presente, orientando-as sobre precificação e estratégias de venda desse produto.

Ao final da oficina, serão distribuídas cerca de 200 cestas básicas. Fundada por Vera Guimarães, a Casa das Pérolas é uma Organização não Governamental sem fins lucrativos, que oferece acolhimento para mulheres em situação de vulnerabilidade social.

“Esta ação faz parte da nossa campanha social Natal Solidário, que teve como mote Porque Natal é Todo Dia! Com esta premissa faremos ações como esta ao longo do ano e não somente no período natalino. Abraçamos a Casa das Pérolas por uma indicação da Liga do Bem, nosso parceiro, que destacou o trabalho incansável de Vera Guimarães pelos mais necessitados”, declara Juranildes Araújo, 3ª vice-presidente da Fecomércio-BA.

SOBRE A POBREZA MENSTRUAL – De acordo com a ONU Mulheres, 12,5% das mulheres pelo mundo vivem na pobreza menstrual, porque o valor elevado dos produtos de higiene íntima dificulta adquirir esses itens nos momentos de fluxo. Os absorventes estão classificados como artigo de luxo e é tributado em aproximadamente 25% o que encarece de fato seu custo.

Segundo uma pesquisa da Sempre livre, em 2018, cerca de 22% das mulheres entre 12 e 14 anos e 26% entre 15 a 17 anos de idade não tem acesso a produtos de higiene menstrual. Os itens para o gerenciamento da menstruação são: os absorventes íntimos internos e externos descartáveis, absorventes de pano, coletores menstruais e calcinhas absorventes.

Muitas mulheres em estado de vulnerabilidade usam sacolas plásticas, papelões, panos velhos e, até mesmo miolo de pão para conter o sangue. Nesse sentido, crescem os ricos de infecção e, evidentemente, expõe a saúde da mulher a condições de risco.

Além disso, a pobreza menstrual gera impacto intelectual quando, por exemplo, adolescentes deixam de frequentar escola ou mulheres não comparecem ao trabalho por não ter produtos para conter o fluxo menstrual, o que eleva a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, impedindo que essas mulheres rompam com o ciclo da pobreza e adquiram mais autonomia financeira.

Por isso, justifica-se a oferta da oficina de absorvente ecológico para possibilitar principalmente às mulheres de baixa renda, o acesso a esse produto, com um custo acessível e o incentivo a geração de renda com o conteúdo de precificação e vendas.