De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 2% a 4% da população mundial tem escoliose, sendo 6 milhões de pessoas somente no Brasil. O Junho Verde marca o mês de conscientização da condição, que pode trazer disfunções estéticas, psicológicas, cardíacas e pulmonares. “A escoliose se caracteriza por um desvio lateral da coluna vertebral, resultando em uma curvatura anormal que pode afetar a postura e, em casos mais graves, o comprometimento da função pulmonar”, explica o ortopedista especialista em coluna e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Dr. Djalma Amorim Jr..
Entre os sintomas de escoliose, destacam-se:
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Ombros e quadris assimétricos, sendo que um lado é mais alto do que o outro;
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Cintura e costelas que parecem ser desviadas para um dos lados do corpo;
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Mamilos em alturas diferentes;
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É possível ver as escápulas de apenas um dos lados do corpo;
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Desconforto muscular.
“Embora de 80% a 85% dos casos de escoliose seja idiopática, ou seja, sem uma causa específica conhecida, existem também casos em que a condição está relacionada a problemas neuromusculares, lesões traumáticas e doenças congênitas”, aponta o especialista.
Ainda segundo o ortopedista, o tratamento depende da causa da escoliose, do tamanho da curva e da possibilidade de crescimento de cada paciente, quando se trata de crianças ou adolescentes. Djalma Amorim Jr. complementa que, dependendo do grau da curvatura e da descompensação do tronco, a correção é feita por meio de procedimento cirúrgico. Exercícios físicos feitos em fisioterapia e RPG (reeducação postural global), podem ser tratamentos auxiliares.