Março Amarelo: mês é dedicado à conscientização da endometriose

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De acordo com dados do Ministério da Saúde, a endometriose atinge uma a cada dez mulheres em idade reprodutiva. Esta doença tão comum pode afetar a fertilidade e comprometer a qualidade de vida de mais 3 milhões de brasileiras, e por isso foi criado o Março Amarelo, a fim de divulgar informações sobre a importância do acompanhamento médico ginecológico para realização de exames periódicos que possam diagnosticá-la precocemente.

“A endometriose se manifesta de formas diferentes entre as mulheres, algumas passam anos com o problema sem ter sintoma nenhum. Outras têm muita dor, mas costumam confundir com cólica menstrual e achar que essa dor é normal. Em muitos casos, a mulher só vai descobrir que tem endometriose por causa da dificuldade de engravidar”, explica a ginecologista Emilly Serapião.

Entre os sintomas, a médica alerta para os sinais de dor durante as relações sexuais, cólicas menstruais fortes e progressivas, dor e/ou sangramento intestinal, bem como urinário durante a menstruação, além de dificuldade para engravidar.

Segundo o cirurgião do trato gastrointestinal, Leonardo Landim, é importante ressaltar que cada paciente tem suas necessidades e, portanto, o tratamento não é o mesmo para todas: “Cada paciente deve ter a abordagem individualizada, levando em consideração suas queixas, desejos e gravidade da doença. A cirurgia para uma paciente com endometriose é indicada na maior parte dos casos quando o tratamento clínico não surtiu efeito”.

Cuidado multidisciplinar

Além do tratamento, que pode ser medicamentoso ou cirúrgico, a endometriose pode ser controlada ao longo da vida com a adoção de um estilo de vida saudável, estratégia essencial para reduzir a inflamação e regular a imunidade. Por isso, o tratamento deve ser associado à prática regular de atividade física, alimentação equilibrada e anti-inflamatória, controle o peso e gestão do estresse, entre outras práticas.