Pelourinho recebe novas apresentações do espetáculo musical “A Cidade da Bahia é Nossa”

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Como parte da programação do Festival da Cidade, celebrando os 475 anos da capital baiana, a companhia Aláfia Cia de Teatro de Salvador, que também comemora dez anos de existência, traz de volta o espetáculo “A Cidade da Bahia é Nossa!”. As apresentações são gratuitas e ocorrem nos dias 15 e 22 de março e 5 de abril, com saída do Largo do Pelourinho, a partir das 19h, indo até o Terreiro de Jesus.

O evento marcou o público durante várias temporadas no Pelourinho, entre 2017 e 2020, trazendo uma proposta cênica inovadora concebida por Edvard Passos, responsável pela direção e dramaturgia. O musical itinerante de rua é o resultado prático da tese de doutorado de Passos sobre as relações entre teatro e carnaval na capital baiana.

“A ideia nasceu da peça ‘O Compadre de Ogum’, que estava furando a barreira do teatro espacialmente para fazer parte do calendário festivo de Salvador. A partir daí, tive duas vontades: fundar um bloco de carnaval sobre os Pastores da Noite, com aqueles bondes trio elétrico da década de 30, 40, em que os integrantes do bloco fossem dos personagens do Jorge Amado, e adaptar ‘A Morte e a Morte de Quincas Berro D´Água’ para o teatro na rua itinerante. Juntei as minhas duas vontades e formei esse musical de rua carnavalesco itinerante”, conta o artista.

Com direção musical de Luciano Bahia e um elenco talentoso de atores baianos, o desfile promete proporcionar uma experiência única e emocionante, recheada de realismo fantástico para destacar a enorme riqueza do patrimônio cultural material e imaterial da Bahia e sua capital.

“Salvador tem uma poética própria, do seu tempo, de sua espacialidade e da sua gente. Marcar a existência e celebrar a existência dessas construções ritualísticas, através do festival de Salvador é muito importante, é uma maneira de você apresentar a cidade como ela é”, ressaltou o dramaturgo.

A programação de comemoração dos dez anos da Aláfia foi contemplada pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Matos (FGM), Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.