Hospital Veterinário registra 1,1 mil atendimentos em 15 dias

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Em 15 dias de funcionamento, o Hospital Municipal Veterinário de Salvador, em Canabrava, já atendeu aproximadamente 1,1 mil cães e gatos, com diversas enfermidades desde sarna, bicheira, fraturas e outros problemas comuns aos estimados bichinhos. Diariamente, dezenas de tutores levam os animais para consultas, exames ou tratamentos emergenciais na nova unidade, realizados de forma totalmente gratuita pela Prefeitura de Salvador, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis).

Com cerca de 10 anos de idade, Pé Duro, um cãozinho sem raça definida de porte médio, teve miíase, popularmente conhecida como “bicheira”, o que ocasionou um ferimento profundo em uma das patas. A doença é causada pela deposição de larvas de determinadas espécies de moscas em regiões expostas do corpo, ocasionando ferimentos na pele e cavidades naturais, a exemplo de nariz e orelhas.

Ele foi levado ao hospital pela tutora, Indianara Santiago, de 46 anos. Na unidade, ele teve o local limpo, desinfetado e devidamente tratado. “Aqui foram realizados exames de sangue e outros procedimentos. Esse hospital é uma ótima opção para quem quer ajudar os bichinhos e muitas vezes não tem condições financeiras de proporcionar um tratamento digno”, afirma.

A dona de casa Maria José Cerqueira, de 63 anos, trouxe Preto, de 5 anos, para tratamento emergencial, após sofrer um atropelamento na porta de casa. “Infelizmente, ele perdeu um dos olhos. Mas é muito importante ter esse hospital aqui, que foi imprescindível para ajudar neste caso”.

Ritmo acelerado – Em duas semanas de operação, a unidade recebeu uma média diária de 60 animais, sendo que, no primeiro dia, concentrou um número de dois a três vezes mais, sendo que a maioria destinada aos cães.

A diretoria de Proteção Animal da Secis, Michelle Holanda, explica que cada tutor pode levar um animal por dia. Diariamente são distribuídas 40 senhas, além dos atendimentos por urgência e emergência. “No caso de quem possui mais animais, um dia ele deve trazer o caso mais grave, no outro dia, o segundo mais grave e assim por diante. O limite mensal não é estabelecido, mas diariamente é pedido que se traga um animal por CPF cadastrado. Para ser atendido, é preciso obter as senhas, que são distribuídas diariamente a partir das 8h”.

Os demais casos passam por triagem para saber a gravidade do problema. Se não forem situações de urgência e emergência, os donos são instruídos a retornar no dia seguinte e pegar nova senha. Nesses primeiros 15 dias, é possível perceber o quanto este equipamento era desejado pela população.

“Vemos que a demanda da cidade ainda é muito alta. Então, neste momento, esperamos acolher de perto o máximo de casos que chegarem à unidade”, finaliza Michelle.