Com o avançar da idade, o corpo passa por diversas mudanças que afetam não apenas a aparência, mas também a saúde e bem-estar. Um dos aspectos mais impactados pelo envelhecimento é o sistema muscular e metabólico, que enfrenta dificuldades na produção de substâncias essenciais para sua manutenção, como a creatina. Bastante utilizada por pessoas que fazem musculação, a creatina é um conjunto de aminoácidos que, apesar de serem produzidos naturalmente pelo organismo, podem ser necessários em maior concentração para algumas pessoas, já que essa substância serve como fonte de produção de energia para as células musculares, melhorando a força e o tônus muscular.
O especialista em suplementação Pedro Lisboa, explica que o uso diário de creatina pode trazer uma série de benefícios para os idosos. “Um dos principais benefícios é o aumento da massa magra. A creatina atua diretamente na síntese de proteínas musculares, auxiliando na manutenção dos músculos, e o seu armazenamento ocorre principalmente nas fibras musculares, enquanto uma parte menor vai para o cérebro”.
Por isso, a suplementação de creatina está associada a um aumento significativo na força muscular. “Isso se deve ao fato de que a creatina aumenta a disponibilidade de fosfocreatina, uma molécula que fornece energia para os músculos durante a atividade física. Com músculos mais fortes, os idosos têm menos chances de sofrerem fadiga e podem desfrutar de uma melhor qualidade de vida”, afirma Pedro.
Outro benefício importante da suplementação de creatina é a melhoria do equilíbrio e da estabilidade, conta Pedro. “O envelhecimento muitas vezes traz consigo a perda de massa muscular e óssea, o que pode aumentar o risco de quedas e lesões. Ao fortalecer os músculos e melhorar a estabilidade, a creatina pode ajudar os idosos a manterem-se ativos e independentes por mais tempo”, destaca. Além disso, seu uso está associado à prevenção de doenças crônicas devido a melhoria da densidade óssea gerada pelo ganho de massa magra.