Acervo de Rômulo Almeida será catalogado pelo ICI/UFBA, em parceria com a SEI

0
50

Representantes do Instituto Rômulo Almeida de Altos Estudos (IRAE) visitaram a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), nesta segunda-feira (22/04), para prospectar alternativas no processo de alienação do acervo intelectual do notável professor Rômulo Almeida. O material, sob a responsabilidade do IRAE, soma cerca de 20 caixas, incluindo objetos, livros e manuscritos que serão catalogados e avaliados pelo Instituto de Ciência da Informação (ICI/UFBA), com o apoio da Faculdade de Economia da UFBA e da SEI.

A reunião contou com a participação do diretor-geral da SEI, José Acácio Ferreira, do assessor especial da Secretaria do Planejamento (Seplan), Alberto Valença, e do presidente do IRAE, Flávio Almeida, com as respectivas equipes, incluindo a gestora da Biblioteca Rômulo Almeida/SEI, Eliana Marta Gomes. Também participaram da conversa Gillian Leandro Lima, diretor do Instituto de Ciência da Informação (ICI/UFBA), e os professores Derek Tavares e Mabel Mota.

“É uma honra para a SEI esta consulta no processo de gestão do acervo deixado pelo renomado Rômulo Almeida, nome de importância nacional para a história do Planejamento e que batiza a nossa biblioteca. Aguardamos a avaliação da UFBA sobre os materiais para que seja dada a destinação mais adequada”, comentou o diretor-geral da SEI, José Acácio Ferreira. “No sentido de garantir a preservação da memória e do conhecimento deixado pelo economista, quanto aos documentos que estão sob responsabilidade da biblioteca da SEI, estamos executando um acordo de cooperação técnica com a Fundação Pedro Calmon, concluindo a digitalização das 251 obras raras que compõem o acervo da Biblioteca Rômulo Almeida, totalizando quase 40 mil páginas, incluindo as famosas Pastas Rosas”, anunciou o diretor.

Rômulo Almeida notabilizou-se como pensador e agente do desenvolvimentismo, foi assessor econômico do último governo de Getúlio Vargas, participou da criação da Petrobras, da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), criou o plano embrionário da Eletrobrás e o Banco do Nordeste do Brasil, do qual se tornou o primeiro presidente. O economista inaugurou no Brasil o planejamento sistemático de nível estadual, como Secretário da Fazenda da Bahia, tendo projetado o Centro Industrial de Aratu, o Polo Petroquímico de Camaçari, o Porto de Aratu e a Companhia de Eletricidade da Bahia, bases da atual economia do Estado. Em 1955, criou e presidiu a Comissão de Planejamento Econômico (CPE), uma das instituições que deram origem à SEI.