Reflexões, troca de experiências e muita vontade de aprender marcaram a segunda edição do Código M, evento voltado apenas para mulheres que querem entrar no setor de tecnologia, que aconteceu no Teatro SESI, em Salvador, na última terça-feira (24). Mais de 120 mulheres de diversas gerações participaram da segunda edição, que contou com uma programação diversificada e um painel formado por especialistas baianas da área.
O evento teve como tema Análise de Dados e, por isso, as três convidadas do painel estavam inseridas nesta área do mercado de tecnologia. Participaram desta etapa Sheila Barbosa, cientista de Dados Sênior; Lorena Pereira, pesquisadora na área de Dados Abertos e Tecnologia Cívica; e Isadora Fraga, analista de BI. O painel foi comandado por Ana Clara Canellas, coordenadora de Comunicação da Laboratória.
“Esse é um evento muito importante para todas as mulheres. Mostrar a elas que existe possibilidade no universo de dados é muito bom. Não é uma realidade para todas e muitas ainda têm um bloqueio quando se fala nesse assunto, então apresentar mulheres que estão nesse universo e mostrar que é possível é fundamental”, afirmou a cientista de dados, Sheila Barbosa, que é estatística por formação.
O Código M é uma iniciativa da edtech latino-americana Laboratória e tem o objetivo de inserir cada vez mais mulheres no setor de tecnologia. Esta segunda edição do evento contou com dois momentos: primeiro, uma palestra e imersão no setor; em segundo, uma oficina sobre criação de aplicativos do zero, com Monica Yamazaki, engenheira por formação e desenvolvedora na Laboratória.
Estudante de Análise de Desenvolvimento de Sistemas, Naira Souza participou pela segunda vez do Código M em Salvador. A jovem explicou que a iniciativa da Laboratória foi o primeiro passo para entrar na área de tecnologia.
“Achei o evento incrível. Tenho colegas que estão atrás de uma oportunidade de mudança de carreira. Participei do primeiro encontro e voltei porque gostei demais da iniciativa. O fato de ser apenas para mulheres ajuda muito, acho que não só existe uma empatia em torno dos desafios e barreiras de cada uma, mas também de compartilhar os exemplos de sucesso. Eu estava num momento mais desanimado e saio daqui com outro espírito, muito mais empolgada para continuar nessa jornada”, disse a estudante.
Crescimento
A etapa de inscrições nesta 2ª edição teve mais de 500 interessadas, 7 vezes mais participantes do que a 1ª edição, em maio deste ano. O número maior surpreendeu positivamente a Laboratória e reforçou ainda mais a necessidade do trabalho desenvolvido pela edtech.
“Nós estamos extremamente felizes e satisfeitas com os resultados dessas duas edições do Código M em Salvador. Mais uma vez tivemos uma troca de experiências incrível, com a participação ainda maior das mulheres baianas, o que sinaliza o sucesso dos nossos esforços para alcançar mais mulheres Nordestinas e inspirá-las a começarem uma carreira no setor de tecnologia”, afirma Ana Clara Canelas, Coordenadora de Comunicação da Laboratória no Brasil.
Um dos principais pilares do Código M é mostrar para as mulheres que é possível dar o primeiro passo rumo à mudança de carreira e à inserção no mercado de tecnologia, ainda hoje dominado majoritariamente por homens. A Laboratória já formou mais de 3.500 estudantes em 11 países da América Latina desde o seu lançamento em 2014, no Peru. A edtech atua no Brasil desde 2018.