Exportações baianas crescem 55,4% em junho e alta no semestre alcança 20%

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Foto: Vanádio de Maracás/Divulgação

Estimuladas pela valorização das commodities, principalmente soja e minérios, as exportações baianas somaram US$ 925 milhões em junho, 55,4% superior ao mesmo mês do ano passado, alcançando o melhor resultado para o mês desde 2011. O resultado é o melhor da série histórica desde dezembro de 2018, quando as vendas externas do estado alcançaram US$ 988,6 milhões. No acumulado do primeiro semestre, as exportações baianas somaram US$ 4,41 bilhões, 20% acima de igual período de 2020. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

O movimento de alta das exportações em 2021, segundo a SEI, vem sendo ditado pela retomada da atividade econômica no mundo, com países iniciando uma saída paulatina da pandemia do coronavírus. Além da continuidade de crescimento das vendas para a China (40,5%), as exportações tiveram impulso de regiões que haviam reduzido as compras de produtos baianos durante a fase aguda da crise sanitária em 2020 e que agora voltaram a comprar mais, como Estados Unidos, União Europeia e Argentina.

“Mais um sinal claro, e eu diria efervescente, da nossa retomada econômica. A economia baiana tem sido impactada positivamente por esse momento atual da economia global, que retorna à normalidade com a vacina da Covid-19. Este mês já comemoramos a liderança na geração de empregos no Nordeste e agora o crescimento da taxa de exportações. A expectativa é de, paulatinamente, termos reflexos positivos nos demais setores”, afirma o secretário do Planejamento do Estado, João Leão.

Apesar do crescimento das vendas externas estar mais evidente entre as commodities, responsável por mais de dois terços da pauta do estado, os setores da indústria mais ligados ao comportamento da economia mundial, como o químico, a metalurgia, a de máquinas voltadas à geração de energia, além dos segmentos influenciados pelo agronegócio, conseguem mostrar mais dinamismo e escapar do comportamento mais tímido daqueles ligados ao mercado doméstico, aponta a análise da Superintendência.

Ainda segundo a SEI, a recuperação da economia mundial ajuda o agronegócio e a indústria de base. E o agro mobiliza, no caso da Bahia, as compras de bens de consumo tanto no mercado interno, quanto no externo (crescimento de 34,1% no semestre).