Os programas de auxílio emergencial criados pelo governo para socorrer as empresas, o emprego e a renda no Brasil serão mantidos até que toda a população adulta brasileira esteja vacinada. A boa notícia, que traz impacto direto na retomada das atividades das micro e pequenas empresas de todo o país, foi anunciada nesta segunda-feira (7) pelo ministro Paulo Guedes, durante reunião do Sebrae e da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Na ocasião, as entidades levaram ao governo uma agenda pela defesa e ampliação das medidas emergenciais em prol da sobrevivência dos pequenos negócios e da manutenção do emprego e da renda no país.
O histórico de atuação do governo foi mencionado pelo ministro Paulo Guedes: “Inicialmente socorremos as grandes empresas e imaginamos que isso irrigaria a cadeia produtiva, mas isso não aconteceu. Foi, então, que direcionamos esforços para os auxílios emergenciais e para o crédito. Inclusive, vamos estender os auxílios emergenciais pelo menos até setembro, previsão de quando a população brasileira adulta estará completamente vacinada”. Guedes citou ainda a iniciativa de inclusão produtiva de jovens e trabalhadores por meio do BIP (Bônus de Inclusão Produtiva) e do BIQ (Bônus de Incentivo à Qualificação).
Na ocasião, o presidente do Sebrae, Carlos Melles, reconheceu a eficácia das medidas realizadas pelo governo em decorrência da pandemia até o momento e reforçou a importância de continuar avançando no aperfeiçoamento do crédito, com o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e no fomento à manutenção e geração de emprego, com a ampliação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda (BEm). Citando pesquisa do Sebrae, Melles defendeu a vacinação em massa como única solução para retomar a saúde pública e econômica. “Essa foi uma reunião recheada de boas notícias. Saímos daqui otimistas com o futuro próximo e com a retomada das micro e pequenas empresas. Estamos à disposição para buscarmos soluções e programas que tragam cada vez mais resultados para as MPEs”.
Por sua vez, George Teixeira Pinheiro, presidente da CACB, agradeceu a oportunidade de debater com o governo os rumos da economia para os próximos meses. “Temos sofrido muito com as restrições e o abre e fecha dos negócios. Precisamos de um aporte financeiro igual ou maior ao que recebemos no ano passado. Sem essa ajuda, a inadimplência tributária vai continuar crescendo e a necessidade de renegociar esses débitos também”, destacou George, lembrando que a reforma tributária e administrativa precisam caminhar em paralelo. “Estamos juntos na defesa da livre iniciativa brasileira, no estímulo à competitvidade, ao empreendedorismo, à geração de emprego e renda. É preciso tirar o Estado do cangote do empresário, nos dando mais liberdade para trabalhar. Somos nós que fazemos a economia girar”.
Depois de ouvir os pleitos levados pelo segmento, o presidente Jair Bolsonaro comentou que a geração de empregos atingiu no final de 2020 um pico maior do que no ano anterior. “Se dependesse de mim, nada teria fechado. E agora definitivamente temos que voltar à normalidade o mais rápido possível. Agradeço o empenho, a resiliência dos empresários brasileiros, sobretudo dos que estão caminhando junto com o governo”. Bolsonaro e Guedes foram homenageados pela CACB com a comenda Conde dos Arcos, que reconhece nomes importantes para o crescimento socioeconômico do país.
Por parte do Sebrae, também participaram da audiência no Planalto os diretores Técnico e de Administração e Finanças, Bruno Quick e Eduardo Diogo. Já a CACB, esteve presente com representantes de associações comerciais dos 26 estados e do Distrito Federal.