Mostra de artesanato reúne trabalhos feitos pelo Ateliê das Mainhas e gera renda para mulheres de Lauro de Freitas

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Foto: Danilo Magalhães

O trabalho artístico de corte, costura e artesanato de mulheres de Lauro de Freitas, que vivem em situação de vulnerabilidade social ou vítimas de violência doméstica, foi exposto ao público para comercialização, entre os dias 27, 28 e neste sábado (29), na 1ª Mostra do Ateliê das Mainhas. A exposição montada no Tropical Center – Itaigara, em Salvador, reuniu peças como bonecas de pano, chaveiros, pesos de porta, almofadas, aventais, prendedores de cortina, máscaras de tecido lavável e outros.

Quem prestigiou o trabalho realizado por 29 mainhas e um painho foi a prefeita Moema Gramacho. “Esse projeto, além de promover o empoderamento e a autonomia financeira, conta a história de mulheres guerreiras, muitas delas encaminhadas pelo Centro de Referência Lélia González, que é vinculado a SPM, a Ronda Maria da Penha, e toda a rede de proteção. Um trabalho lindo que gera renda e fortalece vínculos familiares”, destacou.

Foto: Danilo Magalhães

O projeto Ateliê das Mainhas é uma iniciativa da Aldeias Infantis SOS Brasil, organização que conta com o apoio da Prefeitura de Lauro de Freitas. Dentro do projeto, além de desenvolver habilidades técnicas de corte, costura e artesanato, as mulheres aprendem a ter visão empreendedora, noção de comércio solidário e, sobretudo, despertam a consciência do empoderamento feminino.

Michele de Jesus, coordenadora do Serviço de Fortalecimento Familiar e Comunitário da Aldeias Infantis e responsável pelo projeto, explica que o Ateliê das Mainhas também desenvolve o acompanhamento familiar de modo a evitar que os filhos das mulheres cheguem a sofrer algum tipo de violação de direitos. O Ateliê está em ritmo de produção de artesanatos há cerca de seis meses.

Um dos exemplos de força e determinação é Joseane Cruz, mãe de quatro filhos, que encontrou no Ateliê das Mainhas a oportunidade de mudar a sua história. “Cheguei sem expectativas. Eu achava que não sabia fazer nada. Mas aí, no Ateliê, descobri que sou capaz de fazer muita coisa. Me apaixonei pela costura, pela arte de transformar um pedaço de pano em um produto. Hoje eu me sinto uma mulher empoderada, pretendo ter meu próprio negócio futuramente e trazer mais mulheres comigo”, idealizou. Joseane é uma das mulheres encaminhadas pelo Centro de Referência Lélia González.