Alexandre Santos Carvalho e Diógenes Carvalho Souza foram denunciados no final da tarde de ontem, dia 10, pelo Ministério Público estadual pelo crime de tortura cometido contra William de Jesus Conceição e Marcos Eduardo Serra Silva, nos dias 19 e 22 de agosto na loja de variedades Atacadão das Máscaras, no bairro da Lapa, em Salvador, onde as vítimas trabalhavam. O MP, por meio do promotor de Justiça Carlos Artur dos Santos Pires, também pediu que a Justiça decrete a prisão preventiva dos acusados.
Segundo a denúncia, no dia 19 de agosto, William teria sido agredido sob a alegação de que teria furtado mercadorias e dinheiro de vendas na loja. A denúncia afirma que ele foi mantido dentro da loja, onde sofreu torturas físicas e psicológicas, incluindo “ameaças de morte a ele e seus familiares e ameaça de entregá-lo aos traficantes”.
No dia 22, também na loja, os acusados teriam agredido e torturado Marcos Eduardo. A denúncia conta que em seus depoimentos, as vítimas relataram sofrer constantes ameaças, “tendo se sentido constrangidos” a não denunciar o fato imediatamente na delegacia, temendo represálias. De acordo com a denúncia, eles relataram que os acusados foram às suas residências “confessando as torturas que praticaram, na intenção de incitar o medo nas vítimas”.
A denúncia levou em consideração ainda o depoimento dos próprios denunciados que, durante interrogatório, teriam confessado os crimes. Além disso, relatório médico confirma as lesões nas vítimas. Na denúncia, o promotor de Justiça Carlos Pires ressalta que, além da tortura, os acusados filmaram as agressões cometidas e posaram nas redes sociais, comprometendo a imagem das vítimas.