Mutirão auxilia cadastramento de pessoas surdas para vacina até esta quinta (27)

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Foto: @jannoon028/Frrepik

Para estimular e promover o acesso das pessoas surdas à vacina contra o coronavírus, a Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), iniciaram nesta quarta-feira (26) um mutirão de cadastramento de pessoas, com 18 anos ou mais, com deficiência auditiva permanente. A ação prossegue até esta quinta-feira (27), das 8h às 16h, na Unidade Básica de Saúde Ramiro de Azevedo, no Campo da Pólvora.

Para realizar o cadastro durante o mutirão, as pessoas devem comparecer à unidade de saúde levando documento de identificação com foto e exames e/ou relatórios médicos comprobatórios de grande dificuldade ou incapacidade de ouvir, mesmo com o uso de aparelho auditivo.

Só no período da manhã, mais de 50 pessoas passaram pelos atendimentos que foram intermediados por intérpretes da Central de Libras Salvador, setor vinculado à Unidade de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (UPCD) da Sempre. A ação teve o apoio de técnicos do Centro de Surdos da Bahia (Cesba) e Associação Educacional Sons no Silêncio (Aesos).

Necessidade – A coordenadora de Gestão de Projetos da UPCD, Luana Rodrigues, ressaltou que a Central de Libras recebeu, nos últimos dias, um volume grande de pedidos de atendimentos, justamente para apoiar no cadastramento da comunidade surda, que é um público prioritário, para acesso à vacina. “Eles são prioridade não só pela deficiência, mas principalmente porque a comunicação principal dos surdos é com as mãos, que é também um importante vetor de contaminação da Covid. Por esse motivo eles precisam tanto da vacina para a proteção de suas vidas”, pontuou.

Enquanto aguardava o atendimento, Alan Ferreira afirmou que estava sonhando com a vacinação. “Eu tive o coronavírus e foi um momento muito difícil. Tenho muito medo, por ver as pessoas aglomerando e se contaminando nas ruas. Tenho três filhos e preciso cuidar deles. Quero me vacinar, para poder voltar a trabalhar e cuidar da minha família”, relatou.