Salvador 475 anos: Secom inicia publicação de matérias especiais sobre Salvador com base em exposições da Casa das Histórias

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Neste ano de 2024, em que completa 475 anos, a primeira capital do Brasil recebeu dois presentes, tão importantes como necessários: a Casa das Histórias de Salvador (CHS) e o Arquivo Público Municipal. O nome ‘histórias’, assim mesmo, no plural, não é à toa. Este equipamento, tão moderno em seu interior como é clássico na sua fachada, foi criado para apresentar novas narrativas sobre os quase cinco séculos da cidade, destacando saberes e fazeres de pessoas comuns, geralmente ignorados pela ‘História’ oficial.

Para marcar este aniversário, que será celebrado na próxima sexta-feira, dia 29 de março, da Secretaria de Comunicação (Secom) lança uma série especial de matérias contando algumas dessas histórias, a partir desta terça-feira (26). Serão cinco textos, todos inspirados nas exposições presentes na Casa das Histórias de Salvador. Tal qual o novo equipamento cultural, o objetivo é dar luz a temas e aspectos menos comentados nos momentos de aniversário da capital baiana.

O primeiro texto, baseado no primeiro andar da CHS, conta como Kirimurê, o grande mar interior, que é como os tupis chamavam a Baía de Todos-os-Santos, foi se tornando pouco a pouco, por meio de aterros, o bairro do Comércio. A segunda matéria, que é inspirada na exposição do segundo andar, fala sobre a ligação ancestral que há entre a Barroquinha, no Centro Histórico, e o bairro do Engenho Velho da Federação.

A terceira matéria, tal qual o terceiro andar da CHS, traz depoimentos de soteropolitanos sobre o sentimento de identificação e pertencimento à cidade. A quarta história é sobre o Escritório do Plano de Urbanismo da Cidade do Salvador (Epucs), órgão da década de 1940, genuinamente baiano, que realizou um dos estudos mais profundos, detalhados e revolucionários sobre planejamento de grandes cidades da história do nosso país. O acervo do escritório está guardado no Arquivo Público Municipal.

Já a quinta matéria fala sobre o processo de formação do Subúrbio Ferroviário de Salvador, uma das regiões mais importantes da cidade, trazendo também uma série de curiosidades sobre o local, como o Sambaqui da Pedra Oca, o Quilombo do Urubu e a descoberta de petróleo no Lobato. O texto é inspirado na exposição do Acervo da Laje, presente no terceiro andar da CHS, que reúne obras de artistas suburbanos.