Sou Salvador capacita 136 ambulantes que atuam na Cidade Baixa

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Uma turma composta por 136 ambulantes que atuam no bairro do Bonfim e Caminho da Fé, entre o Dendezeiros e trecho do Santuário Irmã Dulce até a Colina Sagrada, passou por uma qualificação promovida pelo programa Sou Salvador. A iniciativa foi finalizada na segunda-feira (31), no auditório do Projeto Bom Samaritano, no Bonfim, e foi conduzida pelo Programa Empreenda Salvador, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), em parceria com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop).

Segundo a diretora do Trabalho e Empreendedorismo da Semdec, Maria Eduarda Lomanto, o Sou Salvador traz para os ambulantes, além da qualificação, o sentimento de pertencimento à cidade. “Eles são empreendedores, então ajudamos a aumentar a autoestima oferecendo qualificação em atendimento, noções financeiras, manipulação de alimentos e vendas. O Sou Salvador continuará sua missão de qualificação dos ambulantes em todas as regiões turísticas da cidade”, declarou.

Prevista no planejamento de desenvolvimento econômico da cidade, a ação é mais uma ferramenta de apoio à formalização do negócio por meio da qualificação. O objetivo é oferecer informações aos comerciantes para que possam reciclar o conhecimento e conduzir suas atividades num patamar efetivamente empreendedor, prestando atendimento, produtos e serviços com qualidade, de forma consciente, além de adquirir a rentabilidade e sustentabilidade de seus negócios.

As palestras ocorreram nos turnos matutino e vespertino e abordaram os temas Mercado Formal no Contexto Turístico, Comunicação e Atitudes Hospitaleiras; Hospitalidade, Ética e Responsabilidade, Nossos Direitos Deveres; Hospitalidade para Garantir a Satisfação, Marketing e Vendas e Educação Financeira e Boas Práticas de Manipulação (para comerciantes de alimentos e bebidas).

Impacto – Uma das palestrantes, a administradora Laís Nascimento, de 29 anos, foi responsável por ministrar oficinas sobre fidelização com o cliente e educação financeira, e destacou a necessidade da iniciativa. “O poder público tem que dar instrumentos e ferramentas para que esses ambulantes consigam comercializar bem e ter elementos que ajudem a continuar na atividade e, para além disso, entender que eles são importantes e que são pessoas que, dignamente, estão ofertando produtos em um cartão-postal como este, que é o Bonfim. O projeto mostra como a Prefeitura está dando um olhar para essas pessoas”.

A ambulante Eliane Almeida atua há 18 anos vendendo lanche próximo ao Hospital Santo Antônio, das Obras Sociais Irmã Dulce, e foi uma das participantes da capacitação. “Esse já é o segundo curso que participo. A gente cada dia aprende mais sobre como tratar o cliente, sobre higiene, como se vestir, reconhecendo nosso trabalho”.

Atuando há mais de 40 anos na região do Bonfim com venda de artesanato, Josélia Campos, de 57 anos, declarou que aproveita a oportunidade para aprender mais sobre negócios. “Quando falo com os colegas de trabalho, incentivo para que todos participem da iniciativa, falo da importância dessa capacitação. Quem não veio, perdeu, porque é algo muito bom”, disse.